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Como cumprimentar um cão: Um guia prático para você se aproximar com segurança

Se você é o tipo de pessoa que ama cachorros, já deve ter vivido aquela experiência incrível de olhar um cão na rua e querer logo se aproximar com um carinho, certo? No entanto, cumprimentar um cão merece mais atenção do que se pensa, tanto para evitar um conflito – em que você certamente sairá perdendo – quanto para realmente, de forma respeitosa com o animal e com o tutor, se aproximar e, quem sabe, fazer um novo amigo.

O cão é o melhor amigo do homem e isso é mais do que um fato, mas por que que tantas vezes passamos aquela vergonha com o animalzinho que encontramos na rua, que simplesmente nos ignora e segue com o seu passeio como se nada estivesse acontecendo?

Além de haver cães que realmente não gostam do contato com os humanos por apresentarem problemas específicos com pessoas desconhecidas, o que determina a forma como o cão vai reagir à nossa presença é a forma como nós nos aproximamos dele.

Por conta disso é fundamental que nós tenhamos algumas noções preliminares a respeito do comportamento animal antes de nos aproximarmos de um cão desconhecido, sobretudo para que possamos ter uma resposta positiva do animal por meio desse contato.

Assim, veja: quando nós encontramos uma pessoa desconhecida na rua vamos logo colocando a mão sobre a cabeça dela? Se não, por que faríamos isso com um cão? E, muitas vezes, o comportamento habitual que temos com um humano, de nos aproximarmos sorrindo e logo darmos um abraço, também não se aplica ao cão, que certamente irá reagir de forma um tanto quanto violenta a esse tipo de aproximação – e, nesse caso em particular, quem está “certo”, por assim dizer, é o animal.

O que levar em conta no momento de cumprimentar um cão

A aproximação com um cachorro sempre deve ocorrer de forma descontraída, respeitando o tempo do animal, que costuma ser bem diferente do nosso, enquanto indivíduos. Por conta disso, a aproximação incisiva deve ser evitada. É necessário sempre que o cão veja quem está se aproximando dele e, certamente, uma aproximação por trás do cão deve ser sempre evitada.

O ideal, quando encontramos um animal em meio a um passeio é nos colocarmos de forma lateral a ele, dando, ao cachorro, liberdade para qualquer movimento que deseje fazer.

Olhar diretamente nos olhos do bichinho também costuma ser uma péssima ideia, porque, com isso, ele pode se sentir amedrontado ou mesmo intimidado. Por isso, a aproximação deve ser feita antes que se entre de fato no espaço pessoal do animal, que é determinado, normalmente, pela tensão da guia do tutor.

Assim, se o animal se sentir desconfortável, ainda há tempo e margem de segurança para qualquer afastamento. E isso vale tanto para animais desconhecidos quanto para animais já conhecidos, mas que não fazem parte do nosso convívio diário.

Respeitando esses limites do cão, conseguimos uma aproximação bastante segura.

Outro ponto que também deve ser sempre lembrado é evitar se reclinar sobre o cão, o que pode fazer com que ele se sinta acuado. Ainda que esse movimento possa parecer bastante natural para nós, por conta do tamanho do cão, que é, óbvio, reduzido, podemos fazer com que o bichinho se sinta bastante desconfortável ao fazermos isso.

Outra atitude bastante comum entre pessoas que desejam cumprimentar um cão é estender a mão até o focinho. É de crença popular que o cão poderá conhecê-lo através do seu cheiro. No entanto, isso pode te colocar em risco, dado que a mão estendida só poderá facilitar uma mordida, que é, claramente, indesejada.

Reações que podem ser previstas

O animal, quando se aproxima de um ser humano novo para ele, poderá sentir o ímpeto de cheirá-lo. Isso se dá porque é assim que os cães conhecem o mundo e, se ele se sentir confortável com essa aproximação, podemos estar em um ótimo caminho.

Se o cão se sentir à vontade para se aproximar, invadindo, agora, o seu espaço pessoal, vale também determinar se você assim deseja ou não. Caso não deseje, basta dar um passo ao lado para que o cão se afaste.

O ritmo, no entanto, dessa aproximação, deve ser determinado pelo próprio cão, que irá, então, determinar se é permitido que alguém que não o tutor se aproxime, faça carinho ou mesmo uma festinha. 

Lembre-se sempre de perguntar ao tutor o que pode ou não ser feito com o cão. Ele irá te dizer se é possível fazer festinha ou se o cão prefere uma aproximação mais lenta e delicada. Respeite sempre a decisão do tutor, porque qualquer coisa que aconteça fora do planejado pode até mesmo comprometer o momento do passeio, por exemplo.

Se o cão demonstrar sinais de que está assustado ou mesmo nervoso, a melhor forma de resolver a situação é se afastando, sem tentar tocar em seu corpo ou, sobretudo, em sua cabeça.

Agora, se ele mesmo procurar o contato com o seu corpo, pode ser que agora você tenha um passe livre para enchê-lo de carinho, mas sempre tentando perceber quais são os toques e as regiões mais sensíveis do animal. Aqui, já vale um alerta: orelhas e focinho devem ser sempre evitados. Cabeça pode ser mais tranquilo, mas tronco e rabo sempre vão depender da reação do cachorro.

Abraços e beijos devem ser sempre evitados, pois isso pode colocar o cão em um estado de acuamento.

Aproveite a experiência!

Cumprimentar um cão, abraçar, dar carinho e muitos beijinhos parece ser uma das melhores coisas que existem nesse mundo.

Mas, o que é confortável para nós e muito prazeroso, pode ser apenas terrível para o cão e, por conta disso, é fundamental, sempre, buscar perceber se o animal está confortável com a nossa aproximação e, sobretudo, se aceita nosso contato físico.

Isso porque, vale sempre lembrar, que por mais treinado que possa ser o bichinho, ele ainda é um animal e, sendo um animal, deve ter não só o nosso carinho como, sobretudo, certa compreensão a respeito do seu comportamento.

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